terça-feira, 10 de setembro de 2013

A gente se acostuma, mas não deveria

Um bom dia!

Infelizmente a gente acaba se acostumando com o que não deveria nesta vida. Deixo aqui o trecho de um texto da Marina Colassanti que trata do assunto.

Leia, vale a pena!!



EU SEI, MAS NÃO DEVIA” [trecho]
Por Marina Colassanti

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.

Imagem: Pensamentos da Ana

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Livro: A Senda do Yoga, de Maria Laura Garcia Packer


Este livro é uma graça e traz breves noções sobre yoga, ásanas, corpos e outros temas relacionados ao yoga. Além disso, a obra conta com ilustrações e séries de aulas para praticar em casa.

É ótimo para aqueles que buscam mais conheciemnto e informações sobre yoga.

Aventure-se.
Movimente-se.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Live with no excuses and love with no regrets

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Yoga em casa

Bom dia!!

Se você gostaria muito de praticar Yoga e está sem dinheiro para pagar aulas ou não há uma escola perto da sua casa, experimente aulas online. No canal de videos YouTube há uma série de aulas (a maioria em inglês) para que você possa mandar a preguiça paralonge de você.

Olha um exemplo:



Conheça também o Desafio de 21 dias de Yoga: https://www.youtube.com/playlist?list=PLBZwVR-4T0n1qIGBqV8fsSj_IwLBrROYP


Comece hoje mesmo.

Cuide do alinhamento da coluna e da sua postura de maneira geral. Movimentos para cima, inpire. Movimentos para baixo, expire!

Namastê!!!

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Fazer o que se ama


Depois de muito tempo sem escrever (confesso que ando preguiçosa e sem inspiração), resolvi fazer este post porque senti que o tema realmente tem me tocado profundamente: fazer o que se ama. Sabe aquele pensamento "vou largar tudo e ir morar em uma praia e viver de artesanato"? Esta dúvida tem me tirado da cama todos os dias, me fazendo pensar de que maneira eu poderia ser uma pessoa mais feliz profissional e pessolmente se eu fosse mais útil para a sociedade e que as minhas atividades cotidianas estivessem mais próximas das minhas paixões. 
Medo, ansiedade, comodismo são alguns dos fatores que ainda me fazem ficar com os pés fincados na minha atual posição: um emprego bacana com pessoas legais, atividades que curto desenvolver e os meus pequenos aprendizados...
Compartilho aqui minha promessa: meu projeto sairá do papel ainda este ano, andando em paralelo com todo o resto da minha vida. 
Que a vida me ajude com um pouco mais de energia, ânimo e coragem. Trabalho, trabalho e trabalho é o que não me falta pela frente. ;)

Veja aqui a matéria que me fez mais uma vez suspirar e colocar aqui este breve desabafo!

quinta-feira, 13 de junho de 2013

A Probabilidade Estatística do Amor À Primeira Vista


Última leitura:


Você está procurando um livro fofo e inocente para ler? Então se prepare para a fofice em páginas com A Probabilidade Estatística do Amor À Primeira Vista, de Jennifer E. Smith. Uma história sobre encontros e desencontros, perda da noção do tempo, perdão, novas tentativas e, como o nome mesmo sugere: amor à primeira vista. 

Hadley é uma adolescente que irá viajar para Londres para o segundo casamento do pai. Por quatro minutos de atraso, ela perde o vôo, mas é bem aí que a história começa. Na espera para o próximo embarque, a jovem conhece Oliver, um britânico que mora nos Estados Unidos. A partir daí a fofa aventura começa. 

Um livro doce, despretensioso e ótimo para deixar a cabeça leve. 

O livro foi dica e empréstimo da minha colega de trabalho, amiga e chará Aline.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Chinelos viram brinquedos

Ontem, dia 5 de junho, foi Dia Mundial do Meio Ambiente.

Entre tantas ações bacanas que existem no mundo para tentar preservar a natureza, achei esta sensacional: uma ONG no Quênia está transformando chinelos, encontrados no mar, em brinquedos e objetos de decoração. Além de empregar cerca de 100 pessoas, a iniciativa já retirou dos oceanos mais de 400 toneladas de lixo. 



SENSACIONAL!